Em setembro de 2018, Zé Dirceu, o titiriteiro de esquerdistas de norte a sul, disse em entrevista ao Jornal espanhol El País que "É uma questão de tempo pra gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição". O tempo correu, Bolsonaro ganhou as eleições e os mais atentos ficaram aguardando essa tomada de poder prometida pelo cardeal petista. Não ocorreu. Ainda.
O que vimos, foi o conluio entre a mídia mainstream, a justiça e o parlamento para impedir, por todos os meios, que o projeto liberal/conservador ganhador das eleições seja executado. Foram dois anos de artilharia pesada, intensa, sem limites, sem trégua, porém, insuficiente para deteriorar ao nível desejado a governabilidade.
A mídia, liderada pelos Grupos Globo, Folha e Estadão trataram de desconstruir a imagem pública do presidente, enquanto inflavam e suavizavam líderes da extrema esquerda. Um escroque como Boulos virou queridinho da grande imprensa. Escarafuncharam as gavetas de toda a família do Bolsonaro desde a adolescência, inclusive da primeira dama, buscando elementos de desgaste. Até hoje insistem nisto, sem o sucesso almejado.
A justiça, basicamente o STF e os tucano-petistas lá instalados por compadrio e conveniência, raramente por algum lustro jurídico, cuidaram de asfixiar o governo pelo ativismo judicial e desprezo pela Constituição Federal que juraram guardar e dizer sem contaminação partidária. Mandaram às favas os escrúpulos e tornaram-se vezeiros em contrariar o livrinho. Tanto engajamento culminou com a hermenêutica de bêbado aplicada à palavra “vedado” (referente à reeleição de presidentes da câmara e do senado na mesma legislatura). Algo vergonhoso, como se não bastasse se imiscuíram frequentemente no executivo, limitando suas prerrogativas e ultrapassando os limites da independência entre os poderes.
Na Câmara, principalmente, se deu o represamento político das medidas do executivo. Rodrigo Maia deixou caducar dezenas de medidas provisórias, promoveu a derrubada de vetos e pretendeu ajoelhar o executivo, impondo-lhe, na base da chantagem legislativa, a demissão de ministros. Ao mesmo tempo travou toda a pauta conservadora vitoriosa nas urnas. Por exemplo, a flexibilização do porte de armas, ensino domiciliar, ações para impedir a doutrinação em sala de aula, medidas mais restritivas ao aborto, fim do foro privilegiado e prisão após condenação em segunda instância. O troço foi tão indecente no sentido de desgastar o governo que um deputado conhecido por sua pilantragem histórica, o Paulinho da Força, chefe do SD, chegou a dizer que a reforma da previdência não poderia dar certo ao ponto de Bolsonaro ser reeleito. O estrupício prefere que o Brasil se lasque.
O Senado fez o jogo morde e assopra. Seu presidente, um deslumbrado do baixo clero, cuidou mais de proteger o STF que protege os senadores, distribuir sinecuras e gozar as mordomias do cargo, do que verdadeiramente fazer funcionar a Casa revisora. Uma vergonha emblematizada pelo apelido que ganhou – Batoré.
Chegamos ao fim dos dois primeiros anos de governo com o Presidente Bolsonaro resistindo bravamente, tendo ao lado apenas e tão somente as próprias ações e os eleitores atentos às mídias sociais. O sucesso da administração da crise retrata-se no vigor com que as atividades econômicas voltam a crescer, na performance da bolsa de valores, na inflação sob controle, na recuperação do emprego, na resposta extraordinária do agronegócio etc.
A alta popularidade do Presidente se assenta, também, no reconhecimento do esforço para que o país não entrasse em colapso como previam e desejavam seus inimigos, no socorro financeiro aos mais atingidos pela crise econômica, e nas inúmeras obras realizadas e entregues em meio à pandemia, apesar da indiferença da mídia que não as divulga. Engraçado que com o jabá que recebiam, antes, a mídia mostrava até o papel com a primeira ordem de serviço, hoje, sem grana extra, não mostra sequer a obra inaugurada e funcionando.
Pois bem. Nos últimos dias, ressurgiu o preso-solto afilhado do STF, Zé Dirceu, para trombetear “Não podemos esperar 2022 para derrubar Bolsonaro”. Em seguida, ressalta que tudo deve ser feito dentro da Lei. Como se pudesse ser de outro jeito, quem sabe uma revolução marxista, não é mesmo? Em algumas mentes, a estupidez nunca morre.
Na verdade, a frase do Zé Dirceu ecoa o acordo que vem sendo construído para eleger a presidência da Câmara dos Deputados. Depois de dois anos sob a tutela do embusteiro Rodrigo Maia, que tentou a todo custo impedir que o candidato vitorioso nas eleições governasse o Brasil com a pauta que conquistou o eleitor, a Câmara deve, segundo o preso-solto Zé Dirceu e seus acólitos, que falam em nome do que há de mais atrasado e corrupto no Brasil, derrubar o presidente Bolsonaro. Para o serviço sujo, se apresenta o emedebista Baleia Rossi, de São Paulo.
O filho de Wagner Rossi (ex-ministro de Lula e Dilma), diga-se, votou a favor do impeachment da Dilma. Cuspiu no prato de comeu, mas é o que se dispõe a dar as mãos à esquerda emporcalhada e pautar algum dos pedidos de impeachment entregues em baciadas por deputados órfãos do projeto derrotado em 2018.
Para substituir Maia e cumprir a agenda antinacional, Baleia Rossi não se fez de rogado. Buscou aliados do Psol ao DEM. Como excetuando a extrema esquerda, os partidos não costumam guardar fidelidade partidária, pedaços de cada um foram se juntando para fortalecer o Baleia. Deputados que se exibiram na votação do impeachment da Dilma, com discursos inflamados pela família, pela pátria, pela honestidade, estão agora de braços dados com a mesma corja que sai das catacumbas da ODEBRECHT. O alvo, o Presidente Bolsonaro, cujo governo segue até aqui incólume em termos de corrupção. Quem usa o berrante pra chamar o baleal é Zé Dirceu, o protegido pelo STF que só sai das sombras para golpear a democracia.
De outra parte, a mídia mainstream, órfã das tetas que cevavam suas empresas e estimulavam sua agenda progressista, potencializa o golpe. Repentinamente, essa gente que se junta ao Baleia assume uma chapa para mesa da Câmara com o slogan Democracia e Liberdade. Hein? Democracia e liberdade de braços dados com a extrema esquerda? Assim, tipo o parlamento da Venezuela? Seria cômico, se não fosse trágico.
Essa gente que não pôde fazer no governo Bolsonaro o que costumava fazer em outras eras, coisinhas como usar cargos para aparelhamento político e ocupar estatais para se locupletar, depois do salve-se quem puder no impeachment da Dilma se junta novamente, agora para tentar derrubar o presidente. A política é dinâmica, dizia o saudoso Luis Pereira.
É claro que no Brasil, depois de eleitos, poucos são os parlamentares que realmente prestam contas de suas ações e votos. Alguns se transformam em bons trazedores de recursos para prefeitos como se esta fosse a sua melhor missão. Com isto, se sentem liberados para votarem como lhe aprouverem nos assuntos mais importantes para a nação brasileira. O eleitor não cobra mesmo, então, a presidência da Câmara e do Senado parecem meros detalhes.
Pois, afirmo, não são. Especialmente agora, mesmo sabendo que o voto é secreto (mais uma traição ao eleitor) é importantíssimo que saibamos um a um como votarão nossos representantes, pois cada voto significa dar impulso ou não ao processo de derrubada do presidente Bolsonaro. Foi isto que disse Zé Dirceu, foi por isto que a extrema-esquerda se aliou ao Baleia Rossi e é isto que acontecerá se ele for eleito. O circo está sendo armado para o espetáculo do golpe. Quem vota em Baleia Rossi pretende derrubar o Presidente. É disso que se trata e precisamos saber quem é quem.
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